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A mostrar mensagens de abril 11, 2004
lento leve lento leve noto os membros anteriores transformarem-se em asas o corpo cobrir-se de penas e a boca terminar em bico e vou desenhar a seqüęncia de movimento do voo de umha ave com os braços estendidos ŕ janela do meu quarto bato bato cadencioso ao borda deste abismo voluntário e grato e basta um impulso breve com as pernas para elevar-me mas... qual ave hei de ser antes de mergulhar no ar... nom é, contudo, isso saber fundamental perseguir os perfis das asas do aviom desde estas dunas em delta em flecha ou supersónicas lá em cima para lograr talvez ser tam só um aeróbata feliz no tempo em que os aeróbatas passaram já de moda... Carlos Quiroga, em A Espera Crepuscular (Viagem ao Cabo Nom) , das Ediçőes Quasi
Tempos O tempo existe, é real, é presente, é agora, é já! O tempo é vivo, é móbil, é estranho, é só! O tempo corre em horas mortas, tenebrosas, perde-se em horas vivas, alegres, encontra-se em horas plácidas, estáticas.
Estranheza Ao fim da tarde há andorinhas que tentam entrar pelas janelas entreabertas. Tudo aqui é diferente. Tudo é bizarro. Tudo é mais do que deveria ser. Tudo deixou de ser. Tudo deixou de estar. E acordo em mim, ainda com os olhos fechados...