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A mostrar mensagens de maio 16, 2004
O acendedor de lampiões De tanto bater à porta Da noite que à noite cai, Ninguém com ele se importa Nas ruas por onde vai. De volta a casa, não diz Como aprendeu a acender Estrelas que o fazem feliz Porque não querem morrer. Vergílio Alberto Vieira, do livro inédito Para Chegar a Uma Estrela in Revista defacto , n.º12, Maio 2004
Cidade Oculta O guarda-fatos é uma rua perdida num beco da memória, o tapete é um qualquer rio que ruma ? nascente, a cómoda é um extenso edifício saturado de gente, a transbordar dezenas de cabeças de cada gavet?o. A cama move-se velozmente, fintando as grossas gotas de chuva que reflectem luzes. Laranja, vermelho, amarelo, branco... Escuro.
O primeiro dia A principio é simples, anda-se sozinho Passa-se nas ruas bem devagarinho Está-se bem no sil?ncio e no burburinho Bebe-se as certezas num copo de vinho E vem-nos ? memória uma frase batida Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo Dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo Diz-se do passado, que está moribundo Bebe-se o alento num copo sem fundo E vem-nos ? memória uma frase batida Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida E é ent?o que amigos nos oferecem leito Entra-se cansado e sai-se refeito Luta-se por tudo o que se leva a peito Bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito E vem-nos ? memória uma frase batida Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida Depois vem cansaços e o corpo fraqueja Olha-se para dentro e já pouco sobeja Pede-se descanso, por curto que seja Apagam-se duvidas num mar de cerveja E vem-nos ? memória uma frase batida Hoje é o primeiro dia d