Sophia (1919 - 2004) Naquele Tempo Sob o caramachão de glicínia lilaz As abelhas e eu Tontas de perfume Lá no alto as abelhas Doiradas e pequenas Não se ocupavam de mim Iam de flor em flor E cá em baixo eu Sentada no banco de azulejos Entre penumbra e luz Flor e perfume Tão ávida como as abelhas Sophia de Mello Breyner Andresen , Abril de 98
"Bem do fundo do baú da alma, libertam-se as letras, as palavras, as frases..."