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A mostrar mensagens de abril 25, 2004
Maio Maduro Maio Maio maduro Maio Quem te pintou Quem te quebrou o encanto Nunca te amou Raiava o Sol já no Sul E uma falua vinha Lá de Istambul Sempre depois da sesta Chamando as flores Era o dia da festa Maio de amores Era o dia de cantar E uma falua andava Ao longe a varar Maio com meu amigo Quem dera já Sempre depois do trigo Se cantará Qu'importa a fúria do mar Que a voz năo te esmoreça Vamos lutar Numa rua comprida El-rei pastor Vende o soro da vida Que mata a dor Venham ver, Maio nasceu Que a voz năo te esmoreça A turba rompeu Zeca Afonso
Somos Livres Ontem apenas fomos a voz sufocada dum povo a dizer năo quero; fomos os bobos-do-rei mastigando desespero. Ontem apenas fomos o povo a chorar na sarjeta dos que, ŕ força, ultrajaram e venderam esta terra, hoje nossa. Uma gaivota voava, voava, assas de vento, coraçăo de mar. Como ela, somos livres, somos livres de voar. Uma papoila crescia, crescia, grito vermelho num campo qualquer. Como ela somos livres, somos livres de crescer. Uma criança dizia, dizia "quando for grande năo vou combater". Como ela, somos livres, somos livres de dizer. Somos um povo que cerra fileiras, parte ŕ conquista do păo e da paz. Somos livres, somos livres, năo voltaremos atrás . Ermelinda Duarte
As portas que Abril abriu (...) E se esse poder um dia o quiser roubar alguém năo fica na burguesia volta ŕ barriga da măe! Volta ŕ barriga da terra que em boa hora o pariu agora ninguém mais cerra as portas que Abril abriu! José Carlos Ary dos Santos Lisboa, Julho-Agosto de 1975