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A mostrar mensagens de março 20, 2005
Moinho de vento... Impressão digital Os meus olhos são uns olhos. E é com esses olhos uns Que eu vejo no mundo escolhos Onde outros com outros olhos, Não vêem escolhos nenhuns. Quem diz escolhos diz flores. De tudo o mesmo se diz. Onde uns vêem luto e dores Uns outros descobrem cores Do mais formoso matiz. Nas ruas ou nas estradas Onde passa tanta gente, Uns vêem pedras pisadas, Mas outros, gnomos e fadas Num halo resplandecente. Inútil seguir vizinhos, Querer ser depois ou ser antes. Cada um é seus caminhos. Onde Sancho vê moinhos D. Quixote vê gigantes. Vê moinhos? São moinhos. Vê gigantes? São gigantes. António Gedeão, Poesias Completas