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A Lista

Comprar bróculos.

Procurar um fato de chuva para o miúdo.

Comprar botas para o outro miúdo.

Telefonar ao electricista.

Não esquecer a reunião das 14. Online, não presencial.

Vender o carro?

Levar o lixo para fora.

Comprar fraldas.

Pesquisar como fazer os miúdos comerem mais vegetais.

Descobrir porque é que os miúdos agora não comem sopa.

Preparar a recolha de dados com os participantes suecos.

Lavar a roupa. E depois estender. E apanhar, e dobrar, e arrumar. E repetir. Até ao infinito.

Fazer desporto. Ir à yoga. Voltar a correr. Vender a passadeira?

Comprar cortinas novas. E instalar.

Pensar em destinos de férias.

Quando foi a última vez que fui ao cinema?

Acabar de ler os 5 livros que comecei no Verão antes do fim do ano.

Procurar o livro emprestado do Herberto Heldér e pô-lo já na mala.

Acabar o relatório pendente do projecto 3.2

Aproveitar o tempo.

Ir para a cama mais cedo.

Mas também acabar de ver Arcane depois dos miúdos irem para a cama.

Ter tempo para ir almoçar or jantar fora.

Telefonar ao amigos. Se calhar mandar mensagem e esperar pela resposta.

Escrever o artigo sobre inteligência artificial e emoções.

Levar o mais velho à aula de teatro.

Não esquecer de marcar o médico para o mais novo.

Escolher as roupas para a fotografia da escola.

Tentar perceber se posso escapar da festa de natal do trabalho este ano.

Voltar a fazer pão com massa mãe.

Passar a ter bolachas caseiras (com pouco açúcar) em casa.

Fazer puré de maçã.

Ver se há comida para o jantar.

Responder aos senhores da empresa de limpezas.

Pagar ao senhor das janelas.

Procurar melhores condições para o empréstimo da casa.

Negociar o preço dos seguros.

Ser feliz. 

Voltar a fazer batidos.

Ter tempo para cozinhar sem ser às pressas.

Trabalhar mais.

Dormir mais.

Fazer mais exercício.

Passar mais tempo com os amigos.

Sair mais de casa.

Limpar o jardim.

Arrumar os armários.

Pôr brinquedos e roupas para dar ou vender.

Preocupar-me menos.




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O sítio onde as coisas acabam

Há dias em que não apetece. Estar no sítio onde as coisas acabam, digo. Estar onde não há. Estar onde há não. No sítio onde há fim. Onde há nada. Há putrefacção, morte, doença, vírus, vacinas. Ausência futura de coisas. Ausência passada de pessoas. Viagens sem retorno. O sítio onde as coisas acabam, enfim, é um sítio onde não apetece estar. Onde não apetece ser.